Como surgiu a imagem de Jesus.

Monograma de Jesus

Num primeiro momento, a arte do cristianismo evitou representar Jesus em forma humana, preferindo invocar sua figura através de símbolos, tais como o monograma formado pelas letras gregas Χ y Ρ, iniciais do nome grego Χριστός (Cristo), a união as vezes de Α y Ω, primeira e última letras, respectivamente, do alfabeto grego, para indicar que Cristo é o princípio e o fim; o símbolo do peixe em grego (ΙΧΘΥΣ, «ikhtus», acróstico de Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υἱός, Σωτήρ (Iesous Khristos Theos uios Soter; "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador"). Ele também já foi representado como um cordeiro (o Cordeiro de Deus); e também em símbolos antropomórficos, como o Bom Pastor. Mais tarde apareceram representações de Cristo, primeiro representado como um jovem, muitas vezes com o rosto de Alexander Magno, sem barba e sem cabelos longos. A partir do século IV foi representado quase exclusivamente com barba. A arte cristã foi ambigua e as imagens mais antigas que nos chegaram pertencem aos séculos III e IV nas paredes dos sepulcros cristãos catacumbas . É aí unicamente onde Jesus é representado de duas maneiras diferentes: velho barbado com uma toga e jovem imberbe sustentando uma vara (símbolo de poder) a qual lhe serve para converter a água em vinho ,Multiplicar os pães e peixes e para ressuscitar a Lázaro . [Faz seus milagres de cura com a imposição das mãos]. O aspecto juvenil e a vara mágica podem indicar que os cristãos primitivos o consideravam uma espécie de mago. Alguns estudiosos sugerem que o Evangelho de Marcos e Evangelho de Juan (Evangelho dos Signos), o mostra como um mago ou divinidade. (Aparte dele, unicamente o apósotol Pedro é representado também com uma vara). As misteriosas imagens de "O Bom Pastor" representam-no como um homem jovem, sem barba e com um rebanho são interpretadas como "O Pastor de Hermas".

As mais conhecidas representações de Jesus são com o cabelo longo e barba grande. O egiptólogo John Romer, em suas Sete Maravilhas do Mundo, assinalou semelhanças entre essa representação de Jesus e as de Zeus ou Júpiter pai dos deuses e protetor do Império Romano. Por um costume judeu acha-se que Jesús tinha barba. Devido a que não há alguma fonte gráfica ou palpável confiável de seu aspecto é possível que se tenham baseado de depoimentos oculares ou tradições verbais. Por outro lado, as representações artísticas basearam-se em simples ficções pelo que não existem retratos dele. Uma vez que começou a ser representado com o cabelo longo e com barba, estas imagens começaram a ser aceitas como seu aspecto físico original.

No entanto, algumas imagens são aceitadas como seu verdadeiro rosto. Uma antiga tradição de Eusébio de Cesarea diz que quando Jesus lavou seu rosto com água e o secou com um manto deixou sua imagem em dita teia. Dito objeto foi enviado ao rei Abgar V de Edessa, quem tinha pedido que Jesus o sanasse de sua doença. Dita imagem é telefonema "Mandylion" ou "Imagem de Edesa" e aparece historicamente ao redor do ano 525. Várias réplicas desta "imagem não feita por mãos humanas" permanecem em circulação. Até o século XIX, não era comum encontrar impressões deste ícone em lares anglicanos.

Existe também o Sudario de Turín, que aparece no ano 1353, que se especulou que tem relação com o "Mandylion". O sudario desapareceu um tempo durante as guerras que conduziram à queda do Império Bizantino e atualmente se encontra na capilla real da Catedral de San Juan Batista, em Turín, (Itália). Hoje em dia, existem dúvidas quanto à autenticidade do sudário.

Ícones de Jesus e Maria são tradicionalmente aceitados por muitos ortodoxos como pintados originalmente por Lucas o Evangelista.